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Negociações EUA-China em Genebra: impactos no cenário global

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    TRUNK CAPITAL
  • 7 de mai.
  • 3 min de leitura

Negociações EUA-China em Genebra: impactos no cenário global
Por: Katherine Buso

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China ganharam novo capítulo com o anúncio de uma reunião bilateral em Genebra, marcada para este sábado.


O encontro contará com a presença do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e do principal negociador comercial, Jamieson Greer, que dialogarão com He Lifeng, o "czar" da economia chinesa.


A notícia impactou positivamente os mercados globais, com alta nos índices futuros norte-americanos e nas bolsas asiáticas. No entanto, além das flutuações de curto prazo, o que está em jogo são transformações estruturais no comércio global — terreno fértil para atuação de gestoras como a Trunk Capital, especializada em soluções estratégicas e financeiras para cenários complexos.


O contexto geoeconômico China e EUA


A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo escalou a níveis sem precedentes. Com tarifas recíprocas ultrapassando 100% — chegando a 145% para produtos chineses nos EUA e 125% no sentido contrário — a situação se tornou, nas palavras de Bessent, “equivalente a um embargo”.


Essas medidas abalaram cadeias de suprimento, provocaram a realocação de investimentos produtivos e geraram temores de recessão global. As recentes decisões unilaterais do governo norte-americano, especialmente do presidente Donald Trump, incluíram a imposição de tarifas de 10% a quase todos os países e taxas específicas sobre setores-chave como automóveis, aço, alumínio e até produtos farmacêuticos.


A China, por sua vez, adotou retórica firme, mas, estrategicamente, voltou à mesa de negociações, sinalizando disposição para discutir a redução de tarifas e possíveis exceções, inclusive após críticas internas e revisões negativas nas projeções de crescimento. Estima-se que os efeitos da guerra comercial possam eliminar até 16 milhões de empregos no país asiático.


A Trunk Capital diante de cenários voláteis


Para a Trunk Capital, essas circunstâncias representam mais do que uma crise — são uma janela estratégica para oferecer soluções estruturadas que gerem valor em meio à incerteza. A abordagem da Trunk combina análise geopolítica, modelagem macroeconômica e estruturação de veículos de investimento alinhados ao risco setorial e regional.


1. Reestruturação de portfólios expostos a tarifas e logística internacional


Empresas impactadas por mudanças tarifárias enfrentam aumento abrupto nos custos operacionais. A Trunk atua com derisking de cadeias produtivas globais, realocando investimentos para regiões menos expostas, como América Latina e Sudeste Asiático, e desenhando estratégias de hedge para insumos críticos.


2. Private Equity para relocalização industrial


Com o recuo da China em certos mercados e a busca dos EUA por novos parceiros, oportunidades emergem para países terceiros. A Trunk Capital estrutura fundos de investimento direcionados à instalação de parques industriais estratégicos, com foco em nearshoring e friendshoring.


3. Soluções financeiras diante de liquidez e estímulos


A resposta da China à crise incluiu estímulos monetários e cortes de juros, demonstrando intenção de proteger sua base industrial. A Trunk oferece instrumentos de captação e securitização que aproveitam momentos de liquidez elevada nos mercados emergentes, permitindo acesso a capital para empresas globais com presença na Ásia.


4. Consultoria em riscos regulatórios e geopolíticos


A instabilidade atual exige leitura precisa das tendências de política comercial. Com escritórios em centros financeiros estratégicos e expertise em regulação multilateral, a Trunk antecipa cenários e desenha estratégias de atuação junto a blocos econômicos como ASEAN, Mercosul e União Europeia.


Expectativas para a reunião de Genebra


  • Embora o encontro tenha caráter inicial, fontes próximas afirmam que estarão em pauta temas como:

  • Redução das tarifas generalizadas;

  • Reavaliação de produtos com isenção de de minimis;

  • Controles de exportação;

  • Regras sobre subsídios e barreiras não tarifárias.


A neutralidade suíça deve favorecer um ambiente propício ao diálogo. Contudo, analistas como Bo Zhengyuan, da Plenum, alertam: só haverá avanços concretos se ambas as partes concordarem com cortes significativos nas tarifas e compromissos formais de acompanhamento. A incerteza quanto à substância da negociação se mantém, sobretudo diante do histórico de “sinais mistos” emitidos pelo governo Trump.


Considerações finais


A eventual normalização das relações EUA-China será lenta, mas o simples retorno ao diálogo já indica um movimento de racionalização do comércio internacional. Nesse contexto, a atuação de gestoras como a Trunk Capital torna-se ainda mais estratégica. Ao aliar capacidade analítica à execução de soluções financeiras sólidas, a Trunk se posiciona como parceira-chave para investidores, multinacionais e governos que precisam navegar com segurança em mares turbulentos.




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